Mais 1 ano sem ti... Doi tanto.

27 de Julho

Tudo estava perdido... Nunca mais teve o mesmo sentido...

Amo-te Avó Bá.

Preciso-te aqui.

Queremos que o silêncio se transforme em palavras ditas no momento certo, desejamos que a distância de um abraço não se perca... como o tempo e o que ficou por dizer.

Agora ele toca-me, ele fala-me e dá-me um abraço... Ele tem tudo... Não... ele tem quase tudo.

Talvez me sussurre palavras às quais não presto atenção, não alimente a cumplidade... não sinta saudade.

O tempo não me faz voltar, não me leva a beijar ou a lembra-lo com um sorriso.

Não se aprende a gostar.

Não lhe confesso que fecho os olhos e não sonho.

Não lhe peço que me deseje durante uma vida inteira, porque na verdade... Não o quero, não o espero...

mesmo quando ele me ama na cama entre desejos confessados e por mim mal amados.

Não é a ele que eu sinto... mas é a ele que eu minto.

O silêncio um dia vai transformar-se em palavras ditas no momento certo, ele vai dizer-lhe que o verdadeiro amor pode não estar perto.

Um corpo esteve presente com afectos, no pensamento ficaram as palavras de outra pessoa... que sentimos ainda cá dentro... ausente... mas que nos toca de forma diferente... que ainda se sente.

... então chega o dia em que deixamos para trás as recordações e as saudades e abrimos a alma a novos caminhos, traçando outras metas já outrora sonhadas. Reparamos que é altura de pintarmos a vida com outras cores e abraçar pessoas que se alcançam com as mãos próximas de um coração renovado.

Largamos as confidências da adolescência e as utopias de um amor não correspondido, pensámos que na verdade lutámos pelo que estava ao nosso alcance e durante todo esse tempo o mundo foi nosso... mas sem sentido.

Chega o dia em que ostentamos um sorriso maior, um abraço mais forte, um passo mais firme e dizemos: "Esta sou eu". Sou a que vê além da tua vida, sou a que enfrenta todos os teus medos... porque hoje o meu coração é meu... e na minha vida já não alimento segredos.