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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

2010

FUMAMOS 12 PASSAS, MOLHAMOS O CORPITO COM CHAMPAGNE E REALIZAMOS OS NOSSOS DESEJOS.

PARA OS QUE GOSTAM DE MIM E PARA OS QUE NÃO TÊM ESSE PREVILÉGIO... TENHAM UM ANO 2010 BRUTAL.

=)

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Um dia...


Um dia vou saber contar-te ao pormenor como comecei a gostar de ti, como o teu cheiro penetrou nos meus poros, como o teu sabor fez parte dos meus dias. Hei-de conseguir dizer-te que todas as cores que existem não conseguem demonstrar a alegria dos meus dias contigo, nem a sensação de êxtase que predomina em mim quando nos encontramos.
Um dia vou conseguir contar-te a nossa história, onde não existem reis nem princesas, onde não existem castelos nem fadas, onde não há palavras que acompanhadas por uma varinha mágica nos fazem esquecer os problemas e as hesitações.
Um dia vamos ser muito mais e muito melhor mas por enquanto apenas aprendemos a ser um com o outro, a viver e a errar. Vai parecer tudo bem mais simples quando me souberes tocar na mão e pedires para te acompanhar, dois passos ou uma vida inteira.
Um dia eu vou sonhar contigo e acordar ao teu lado, um dia vamos sorrir…

Um dia vou acreditar porque tu um dia deves existir.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

A.

Quando convivi mais de perto com o A. cheguei à conclusão que éramos completamente incompatíveis. O arzinho superior dele e aquele andar de peito feito irritava-me até ao tutano e as conversas sobre ginásios, treinos, tropas, gajas e engates não me cativavam em nada (se bem que me era completamente indiferente o que saía daquela boca). De cada vez que ele proferia uma palavra eu suspirava de raiva e pedia a todos os santinhos que a minha bolhinha Actimel me isolasse daquele mundo que naquele momento tinha de partilhar com ele. Que ódio!!!
Tentei “conviver” uma segunda vez não conseguindo expressar o meu melhor sorriso amarelo, e à terceira rebentou… -“Oh pah não te curto. Irritas-me a cada segundinho que respiras. Esse teu ar de inchado, com corpo torneado e cérebro ausente deixa-me em fúria. Acho que te odeio”. Ele sorriu e… -“Ok”. Porraaaaa… Ok??? Só isso??? Ok digo eu, oh meu Rabanete mal plantado.
No dia seguinte ele tinha conseguido arranjar o meu email através de um amigo comum e surgiu uma tentativa de conversa… mais ou menos fracassada. Whatever.
-“Vamos beber um copo no próximo fim-de-semana” – disse A.
-“És louco pah. Não quero!! Seria um sacrifício e tenho a certeza que ia acabar mal”.
(2 dias depois)
-“É só pra dizer que hoje vamos beber um copo” – A.
-“Vamos? Não sabia de nada! Fui convidada?” – perguntei eu.
-“Não estou a convidar. Estou a informar.” – A.
Que raiva. Ainda por cima pensa que tem as gajas na mão. Troll, troll e troll.
6 garrafinhas de Martini, 1 limão e 2 copos. Dou comigo a conviver com o inimigo de armas pousadas no chão. Impossible.
Dia seguinte e outra troca de umas palavras e uns quantos sorrisos. Parecíamos mais ou menos crescidinhos.
Segunda-feira e lá vai ele para a “sua área militar” do outro lado do rio. Ufaa… Está longe e certamente nem vai pensar em chatear-me.
Meia-noite e sete minutos e o telemóvel toca. – Chamada de A. –
Deixo tocar umas 5/6 vezes… Atendo…
Riu, choro, reclamo, desabafo, torno a rir…
E ele do outro lado abafado em palavras que eu não conseguia encaixar naquele corpo. Porra…
Quando conheci o R. que respirava orgulho do corpo que possuía e que se revelou orientado pelos amigos, pelo carro descapotável e pelo “viver a vida”, fixei a opinião que realmente a massa muscular anula em parte a massa cinzenta. Agora estava à conversa com um tipo idêntico que me falava em como detestava que as raparigas o vissem como “o corpo”.
-“ Gosto de treinar. Gosto de me sentir bem no meu corpo, mas não quero que todas me vejam e me valorizem por isso. Não gosto disso”.
E ali estamos há 2 horas a falar de desgostos ainda meio pendentes e de gostos totalmente presentes. Aquele homem sente. É entre desabafos que me diz que gosta dela mas que está farto de se humilhar. Que queria estar com ela mas de forma diferente…
Confesso-lhe que sei o que isso é. Também (infelizmente) já o senti, já me humilhei… Diferença: Os músculos eram de quem nada sentia.

Agora… Ele (A.) irrita-me na mesma (talvez ainda mais), mas a única diferença é que nutro outro tipo de admiração por ele…