Pages

sábado, 29 de novembro de 2008

Gosto!!! Sim... Gosto.

Gosto
_ de estar no quentinho da minha casa enquanto chove lá fora.
_ de arrumar a casa e de me sentar no sofá para sentir o cheiro a limpo.
_ de ir a conduzir, meter a música alta e vibrar com ela como se fosse a última vez.
_ de cozinhar a horas tardias e sentar-me à mesa a comer com todo o tempo do mundo.
_ de me deitar numa cama com lençois lavadinhos.
_ de rebolar no sofá num dia cinzento.
_ de vencer... um medo, uma luta, um jogo...
_ que sintam a minha falta.
_ de conversas directas e sinceras.
_ de ti.
_ de coisas com fundamento.
_ de beijos, abraços e palavras bonitas.
_ das recompensas que a vida me vai dando.
_ de ter tempo.
_ de dizer que gosto.
_ que gostem de mim.
_ do cheiro das manhãs de sol.
_ de reparar que existem pessoas que até nem são assim tão importantes para mim.
_ que não me esqueçam.
de mim.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Olá. Tás boa ??!! LOL.

Estou doente... Estou cansada...
NÃO... NÃO TOU BOA.
* Perdi o telemovél 96 ontem, já o procurei por toda a parte e nada. Abandonou-me. Desligou-se deste mundo de crueis e levou com ele, números e mensagens que eu sempre guardei com tanta estimação.
* Tenho de ir pela primeira vez com o meu carro à inspecção até ao final deste mês... ou melhor... amanhã. Impossivel!!!
O sr. António avisou-me agora que não tenho a luz do stop do lado direito. Foda-se.
* Tou doente... Tanta gente invejosa e ninguém quer a minha gripe.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

I will come to you in the daytime
I will climb to your bed
I will kiss you in four places
As I go swimming around on your rear
I will squeeze the life right out of your
I will make you laugh,
I'll make you cry
And you may never forget it
As I make you call my name as a shouter to the blue, summer sky
And we may never meet again
So shed your skin lets get started
And you will throw your arms around me
I will come to you at nightime
I will climb into your bed
I will kiss you in 155 places
As I go swimming around on your rear
I will squeeze the life right out of your
I will make you laugh, I'll make you cry
And we may never forget it
As I make you call my name as a shouter to the blue, summer sky
And we may never meet again
So shed your skin lets get started
And you will throw your arms around me.

(Thanks Pearl Jam)

Agora experimentem ouvi-la sussurada no ouvido...

sábado, 22 de novembro de 2008

Poderia dar-te muito mais desde que me prometesses que o guardarias para sempre.


O teu cheiro insiste em ficar entranhado nas minhas mãos assim como as tuas palavras no meu pensamento.
Sai de mim...
Ensina-me como fazes.
Por favor... Ensina-me a agarrar uma pessoa sem a querer prender... para sempre junto a nós.


quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Dia a Dia

Acordo e olho para o relógio.
Faço aquelas contas involuntárias e à velocidade da luz para chegar à conclusão que tenho mesmo que me levantar nos próximos 5 minutos. Fecho os olhos… “Ai que merda… não me apetece nadaaaaaaaa”. Primeiro pensamento do dia… Deveras agradável.
Agarro nas toalhas e vou directa para a casa de banho. Ligo a água quente enquanto me olho ao espelho e repito: “Que horror! Este cabelo de leoa depois de uma luta… e esta cara!! Tive um velório esta noite!! Só pode”.
Tomo duche, tenho a sensação que o meu cérebro começa aos poucos a iniciar. Começo a pensar em coisas mais fácil, como por exemplo, o que posso fazer na hora de almoço.
Volto para o quarto.
Visto a roupa que deixei preparada do dia anterior. Nunca tenho a certeza se é mesmo aquilo que quero vestir. Experimento. “pronto ok… estas calças não. Vou buscar outras… Estas não combinam… Levo estas! Tá feito.” E lá vou eu. Troco depois a camisola porque sendo assim já não fica bem, e mudo os acessórios. Enfim… Mudo tudo.
Vou novamente à casa de banho. Ritual… Lavo os dentes… passo um creme hidratante, uma sombra nos olhos e um baton. Tiro a toalha do cabelo e penteio-me. Tá feito.
Subo para o quarto novamente.
Etapa numero 2 : Íris.
Acordo-a com beijinhos. Ela pede-me “ó ó”. Lá nisso sai a mim. Insisto com ela e argumento sempre a mesma coisa “Olha Íris a mamã tem ali na sala uma coisa muito bonita para a Íris”. Coitada… Acho que já ando a dizer isto há 1 mês e ela ainda acredita e se levanta com o entusiasmo para ver a tal coisa bonita. Tenho de pensar em inventar outra.
Visto-a. Contando sempre com uns bons 10 minutos para isso.
Vamos para a casa de banho. Lavo-lhe a cara, penteio-a e coloco-lhe um ganchinho no cabelo que foi anteriormente escolhido dependendo da roupa a usar.
Confirmo se está tudo na mochila dela. Abro a minha mala e confirmo: Tabaco, isqueiro, carteira, telemóveis… Descalço os chinelos e calço então os sapatos. Pego nos óculos de sol e abro a porta da rua. “Írisssssssssssssss.” Volto para trás. Ajudo a Íris a escolher o boneco de hoje para levar para a escolinha. Insiste em enfiar um super boneco numa mochila pequena. Vamos trocar. Finalmente saímos.
Mal damos 3 passos, rezo para que não me peça colo. Ok. “Mamã, colo”… “Filha mais ali à frente”… Chora… Vamos lá então. Colo.
Sinto-me já cansada e penso mil e uma vezes porque é que a minha filha só me pede colo quando calço os sapatos mais altos que tenho.
“Bom dia… Bom dia… Bom dia…” Finalmente chegamos à escolinha.
Dispo-lhe o casaco e digo-lhe mais uma vez: “Filha quando quiseres xixi pedes à Rita. Ok?” Ela acena com a cabeça e diz-me um “sim” que não me deixa lá muito convencida. Dou-lhe um beijo na boca e ela como sempre repete comigo: “Amo-te”. Dou os recados breves e instruções dos medicamentos que a Íris está a tomar.
Tenho de ir.
Passo apressado para o trabalho que fica nem a 200 metros dali. Aproveito para ver se tenho alguma mensagem no telemóvel. Não tenho… Porque havia de ter ??!!
Chego ao trabalho e olho para o relógio do alarme. Já passam 8 minutos das 9.30. Não adianta correr… O patrão chegou. Já me sinto cansada…
“Bom dia Mimi”…
(Continua...)

terça-feira, 18 de novembro de 2008

? ? ?

Mimi: O quê ?!

Eu: Hã ?!

Mimi: Não sei...

Eu: Ahhhh. Ok!

(Agora entendem porque não tenho escrito no blog ?? - A pedido de várias pessoas... Tou a formatar) :S

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Janela discreta.

Fechei a porta com um ar altivo e cheio de certezas.
Eram segundos que cheiravam a realização e a glória. Tinha feito a minha parte e poderia finalmente voltar ao meu lugar.
Lá fora a noite estava fria. Tão fria como cada passo.
Teimei em não olhar para trás... Tinha medo que me observasses...
No meu rosto ficara espelhado o desejo de nunca te ter abandonado. Poderia ter ficado!!!
Agora a postura altiva e todas as certezas que tomavam conta de mim, faziam-me fraquezar a cada momento.
Os minutos passavam e nem um sinal teu.
O meu olhar ficou marcado nas paredes que nos separavam e o pensamento era pesado como o cheiro da despedida.
Queria que me pedisses para ficar mais um pouco... ou para toda a vida.
Não eram as palavras que me importavam. Era aquele gesto só teu... só pra mim.
O silêncio tomou conta de nós como tantas vezes havia acontecido e era essa a cumplicidade que sentia que tinha sido construída ao longo das nossas conversas recheadas de nada... e que eram tudo.
Agradecia o facto de existires... mas odiava a tua indiferença quando eu não voltava.
A minha alma passeava meio perdida num corpo vazio que nem acreditava ser meu.
Algo me fugia entre os dedos e depois de profundos segredos... o teu gesto cedeu.
Nunca precisei de avisar que ía passar novamente na tua vida, nunca precisei de falar para que me entendesses, nunca precisei de voltar atrás...
A porta que tinha fechado... eras tu que a abrias.
A porta ficava encostada quando eu partia... e o teu sorriso, esse... deixavas-o sempre pendurado à entrada, acompanhado de um beijo e livre de desejo... porque eu haveria de voltar um dia.


domingo, 2 de novembro de 2008

Sou... mãe.




Sou mãe… Sou mulher a tempo inteiro e trabalhadora das 9.30 às 18.30. Sou dona de casa, sou filha, sou vizinha e sou amiga.

Se tivesse de dizer qual destas tarefas é a mais complicada, não teria dúvidas em responder: “Ser mãe… Ser mãe solteira… Ser mãe sozinha”.
A maternidade fez-me valorizar o facto que hoje em dia, “escolhemos” o nosso companheiro e também o pai dos nossos filhos.
Eu tive a sorte de ter um namorado fantástico. Amei-o mais que a mim própria. Admirei-o… até ao fim.
A nossa filha nasceu e ele desapareceu. Aquela pessoa que vivia e lutava diariamente comigo… simplesmente deixou de ser a pessoa por quem outrora me apaixonei. Os ciúmes, a ausência e a falta de diálogo ditaram o final e embora o amor permanece-se igual… fomos incapazes de lutar pela relação.
Falo no plural porque sei que também eu tive culpa. Falo porque sei que não sou perfeita e também errei em determinadas situações na nossa relação.
Separamo-nos… e doeu tanto.
Não lamento o facto de o ter conhecido, nem me arrependo do tempo dispensado com esta relação… Lamento sim… a ironia com que falo do pai da minha filha. O pai no papel e não… o papel de pai.
Um senhor que a minha filha não vê há já uns 5 meses e que não telefona há 1 mês e tal.
A minha filha começa a entender… Começa a perguntar… e cá estava eu a tentar amenizar as coisas de forma a que tudo parecesse “normal”.
“Papá foi para o Algarve ganhar dinheirinho para comprar coisas bonitas à Íris” – Dizia eu. Cansei. Cansei de mentiras e de falsas expectativas.
“Papá nem se lembra de ti, minha filha. Papá nem responde à mamã no MSN. Papá tem namorada nova e quer brincar com essa novidade.” – Sim… Era isto que me apetecia dizer, mas não o faço. Não fui educada a criticar as atitudes dos outros e muito menos a fugir das minhas responsabilidades. Não o faço porque respeito a família dele e porque apesar de tudo… ele é o pai da minha filha.
E há algo mais triste que um pai não recordar a filha ? E há algo mais doloroso do que não ter com quem partilhar a educação dela, as brincadeiras, as conversas e o crescimento dela ? Não!!
O pai da Íris aceitou um trabalho no Algarve argumentando que era bem remunerado, um mês depois despediu-se. Pedi-lhe para voltar… Pedi-lhe para sermos uma família “a sério”… Não quis. Disse simplesmente que não deixaria o orgulho para trás.
Ok. O orgulho deve ser coisa importante. O orgulho ultrapassa a família. Foi bom saber isto. Foi ainda melhor… receber 50 euros no mês passado, depois de quatro meses lá em baixo supostamente a trabalhar.
Mas são esses 50 euros que pagam o afecto à minha filha ? É esse dinheiro que responde a todas as perguntas que ela me faz sobre o pai e que nem eu sei responder ?
Não. Não preciso duma merda de 50 euros para me calar a boca… porque tu que és pai dela… desde que lhe desses atenção e tentasses ser um pai presente… eras uma pessoa muito mais rica e feliz.
E queres saber porquê ?!
Porque não existe maior riqueza e maior felicidade que ter um filho do nosso sangue, criado com jeitos dos dois e pedaços de nós.
Agora sou mulher… Sou mãe… Sou feliz.