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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Quase.


Ainda pior que a convicção do não, é a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase! É o quase que me incomoda, que me entristece, que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas oportunidades que se perdem por medo, nas ideias que nunca saíram do papel por essa maldita mania de viver no Outono. Pergunto-me às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e na frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "bom dia", quase que sussurrados. Sobra cobardia e falta coragem até para se ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor. Mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio-termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. Preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Para os erros há perdão, para os fracassos… oportunidade, para os amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixes que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo te impeça de tentar. Desconfia do destino e acredita em ti. Gasta mais horas realizando do que sonhando... Fazendo do que planeando... Vivendo do que esperando... Porque, embora quem quase morre esteja vivo… quem quase vive já morreu.



terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Um dia eu gostava de ser como tu... forte, forte, forte...
Quero também caminhar com passos seguros e olhar por cima do horizonte, como que vencedor desta vida que é unicamente o que desejamos. 
Tento seguir-te pelo ritmo e a meio caminho já me sinto cansada, desmotivada e finalmente exausta.
- Esperaaaa. - peço-te eu.
- Segue-me. Tens de ter calma... Não peças tudo de uma vez. - respondes tu.
Que raivaaaaaaaaa.
Discretamente sigo o caminho oposto e espero que não vejas que volto para trás...
- Andaaaaaaaaaaa. - gritas tu.
- Talvez tente amanhã... pode ser que queiras caminhar lado a lado comigo... - murmuro eu.