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segunda-feira, 8 de abril de 2013

Um dia... não são dias.

O vento insiste em pairar em redor do meu cabelo, traz o cheiro da recordação... em vão.
Fecho as mãos com força, cruzo as pernas, ignoro.
Parece fácil. Eu consigo.
Algo me distrai, algo me retira dos pensamentos metódicos, algo me leva ao passado.
É difícil.
Passo a mão pelo cabelo, tiro um cigarro... sim... é só o passado.
É sem medo.
Não recuo... pego na lembrança e sorrio.
Está frio.
Recordo os teus braços, as palavras... e o teu sorriso de quem nada quer revelar.
Agora recuo... quase 4 anos...
Levanto-me com determinação e penso: Acabou.
Os passos são lentos, ficam os pensamentos...
Olho o banco vazio e repito: "Sei que tu estás bem... Sei que tu estás bem..."
E parto de cabeça baixa, sem certezas, com destino incerto...
Desabafo baixinho, confesso a certeza de que não pensas em mim...
Sigo o caminho, apago o cigarro... isto tem de ter um fim.