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quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Peixe... peixe... peixe...

Quando me perguntam se prefiro ser cabra ou sacana ofereço, de bom grado, a resposta: S´a cana comportar pescado de grande porte, e das melhores procedências, não há por que não o ser (mais que não seja porque a mãe de todas as cabras é cega, e eu, até ver, vou conseguindo pescar alguma coisa do assunto).
É com isto que tenho assistido com profunda tristeza à escassez do peixe mais graúdo, daquele de enfartar a minhoca. Ora se formos a reparar bem, os cardumes são cada vez mais raros e os que aparecem não têm convencido a malta da pescaria, seja ela aquela pescaria meramente tipo hobbie ou mais naquela vertente desportiva.
E porque somos o que comemos, faço questão de estabelecer contacto nevrálgico com o pescado – vou directamente à espinha do animal, sem perder tempo a desfiar o lombinho com o garfo.
Para que conste, e certamente me perdoarão o toque xenófobo na análise de cardumes, mais facilmente deito a unha à sardinha portuguesa que a uma posta de bacalhau da Noruega.
Para encontrar vertebrados com sangre na guelra e nadar a bom nadar dos exemplares de aquário, não há como imprimir maior vigor à barbatana. A minha amiga Sofia acha que não nos devemos queixar ao leme da faina, e bem que tem elogiado os robalinhos de viveiro e as pescadinhas de rabo na boca.
Peixe miúdo serve para entreter o anzol apesar de tudo, porque o que a malta gosta mesmo é de tubarões. De tal forma que quase me doutorei nessa estirpe e por mero acaso não fui requisitada pelo Spielberg para a sua saga.
Por isso…
My friends embarquem na onda, aproveitem a maré porque pelo que a minha avó um dia me disse… “é fácil morder o isco e até s´acana aguentar. Os peixes, tanto quanto sei, não têm memória”. ;)

Ass: Pequena Sereia.

1 cores:

Jakk disse...

Mas os golfinhos têm!
O tubarão é assim a fugir para o tipo Bush/Saddam, faz muito barulho, mas precisa morder para ver se se come...e o mais provável é marchar com tudo...até porque não se sabe o dia de amanhã! Tudo o que faz muito barulho, raramente sabe tocar baixinho... Tipo as antigas e boas bandas de heavy metal, as que tocavam aqueles ritmos e mesmo músicas calmas...mas cheias de raiva interior...ou assim num universo mais contemporâneo, algo como Portishead ou Archive...isto mais para quem escuta do que somente ouve.
Já o Golfinho, é intleigente e sensível ao ponto de salvar um humano...deve é ser maluco...
As espinhas tento evitá-las, porque certamente ainda estão muitas a caminho para eu engolir! Adepto da sardinha do Alasca, mas que me faz mesmo o dia é uma bela de uma Dourada, assim...esquinha e escalada! Joga com cerveja, branquinho ou um rosé gelado!
O Golfinho não morde o isco...nada ao lado do pescador...
Mas eu estou no deserto...

P.S.-Muito bom!