- Olá. (sorri)
Como estás?
- Tudo bem. E contigo? Não te tenho visto ultimamente.
- Pois... Tenho saído pouco, ando com algum trabalho e chego a casa estafada.
- Hummm... (silêncio) Pensei convidar-te para tomar um café ou algo assim.
- Ricardo por mim tudo bem.
- Que tal amanhã?
- Tudo bem. Amanhã. Então e pode ser por volta das 22 horas??
- Claro!!! Então ás 22 vou estar à tua espera lá no estacionamento da estação ok??? Depois vamos no meu carro.
- Tudo bem. Lá estarei.
- Beijinho.
- Beijo.
Na verdade ela já tinha esquecido o Ricardo. Em tempos falavam mais frequentemente e agora nem esperava por este convite... ou esperou em silêncio.
No dia seguinte:
- Aiii linda como sempre!!!
- Que exagero pah. Continuas igual.
- Vou levar isso como um elogio.
- Bem... vamos beber café???
- Onde??? Escolhe tu.
- Hummm... e que tal o barzinho a que fomos na outra vez com a Ana e o Pedro??
- Boa ideia.
Dois cafés, uma água natural sem gás e as mesmas conversas de sempre. Novidades da rotina, da família, desabafos profissionais e piropos já mais que batidos e sem qualquer fundamento.
- Vamos sair daqui??
- Mas porquê Ricardo? Não te sentes bem aqui?
- Sim sinto. Isto é agradável mas está muito barulho... Desculpa. Se não quiseres ir é na boa...
- Não!!! Podemos ir...
Pagam-se os cafés e a água e ruma-se ao carro...
- Queres ir a algum sítio em especial?
- Não. Não tenho ideia nenhuma.
- Aqui já está mais calmo. Finalmente...
- Sim... realmente.
- Continuas fantástica.
- Menos Ricardo.
O carro pára num sítio meio deserto e apenas frequentado por pessoas que admiram o mar mesmo do topo da falésia. Aparentemente o sítio parecia romântico, não fosse ela ainda gostar dele e ele... nem se interessar com isso.
Ela interiorizava vezes sem conta que nunca mais poderia deixar-se cair no mesmo erro. Queria ser pessimista e ver nele uma má pessoa... mas gostava dele.
Ele beijou-a. Beijou-a de forma previamente ensaiada como quem beija apaixonadamente, como quem deseja apenas aquela pessoa e como se o Mundo deixasse de fazer sentido se eles se separassem... Ela queria-o tanto, ela acreditava, ela desejava verdadeiramente cada pedaço dele e entregou-se de alma e coração aquele momento "supostamente" único.
Não perderam tempo com palavras doces e fizeram amor ali mesmo tendo como fundo um mar calmo e um céu estrelado e nostálgico.
Quando ambos se viram "abençoados" com o auge do prazer, ela repousou no peito dele e pediu que aquela sensação durasse para sempre.
Ele afastou-a subtilmente e começou a vestir-se, acomodou-se no banco, procurou o tabaco, telemóvel, carteira e afins... acendeu um cigarro e ligou o carro.
Ela interiorizava vezes sem conta que nunca mais poderia deixar-se cair no mesmo erro. Queria ser pessimista e ver nele uma má pessoa... mas gostava dele.
Ele beijou-a. Beijou-a de forma previamente ensaiada como quem beija apaixonadamente, como quem deseja apenas aquela pessoa e como se o Mundo deixasse de fazer sentido se eles se separassem... Ela queria-o tanto, ela acreditava, ela desejava verdadeiramente cada pedaço dele e entregou-se de alma e coração aquele momento "supostamente" único.
Não perderam tempo com palavras doces e fizeram amor ali mesmo tendo como fundo um mar calmo e um céu estrelado e nostálgico.
Quando ambos se viram "abençoados" com o auge do prazer, ela repousou no peito dele e pediu que aquela sensação durasse para sempre.
Ele afastou-a subtilmente e começou a vestir-se, acomodou-se no banco, procurou o tabaco, telemóvel, carteira e afins... acendeu um cigarro e ligou o carro.
- Vamos?? Está a ficar tarde. Amanhã trabalhas...
- Sim. Tudo bem.
Nada do que ela pudesse dizer naquele momento faria sentido. Já nada do que ela pensava... o fazia. O silêncio tornou a viagem mais pesada, mas não tanto quanto sentia o seu coração e a repulsa pelo seu corpo e pela sua fraqueza.
Chegaram finalmente ao carro dela...
"E agora??" - pensava ela.
Abriu a porta...
- Bem... Ricardo...
- Vai dizendo alguma coisa miúda...
- Ok... direi.
- Boa viagem. Quando chegares a casa manda sms.
- Adeus Ricardo.
Mais uma vez... uma viagem de nada, uma viagem no escuro onde por mais que se abra os olhos nada se consegue ver. Na verdade, o coração não nos guia para os melhores caminhos e o corpo agora fraco rende-se aos gestos egoístas de quem apenas viu o aspecto carnal de quem tudo fez pelo sentimento.
4 cores:
:/ mau de mais... incrivel mas existe assim pessoas? pareceu-me "só pra queca"
Hmm... É um texto bonito, mais um dos que tu escreves; mas tem uma carga pessoal tão forte.
Os caminhos que o coração nos leva a seguir são tão complicados, não são Rita? Quantas e quantas vezes repetimos para nós que não vamos cometer os mesmos erros, mas depois, somos nós, o nosso coração que rebate o que não queremos. E, pronto, lá estamos nós novamente a fazer o mesmo.
Um grande beijo! ;)
Sr. anónimo... existem assim pessoas e sim... era só por uma "queca".
Antes de mais, os meus parabéns pelos textos do teu blog. Vi o link no nick de um amigo meu e resolvi visitar, o certo é que não me arrependo.
Antes de mais e sendo gajo, digo-te e admito que também eu já o fiz e senti-me muito mal depois. Agora sou da opinião que é melhor nem me envolver sexualmente quando isso só envolve mesmo carências.
Agora condeno quem o faz e acima de tudo quando já estão em idade mais ou menos adulta e mais ou menos homemzinhos.
É uma história comum e de certeza que algumas pessoas pensaram para elas, que já aconteceu.
É bom que sejam abordados estes assuntos, para que as pessoas metam a mão na consciência e saibam o mal que fazem mesmo que indirectamente.
Obrigada pelos teus textos.
Fiquei teu fã.
Ah e pareces ser uma mulher daquelas que gostariamos que entrasse na nossa vida.
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