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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Naquele dia em que nem as sombras foram cúmplices de uma imagem desfocada, onde nem a água demonstrava a sua força, tudo se transformava em sonho quando mal te toquei… quando mal te falei…
Por momentos podia ter parado como forma de flash e disparado tudo o que me atormentava cá dentro, desde que não me pedisses que o fizesse a olhar-te nos olhos… Era mau demais! Era um tormento ter de te dizer que te odeio porque te adoro. Não posso… Não podemos…
E aquele contrato doloroso que existe e me faz parar e hesitar, que tantas vezes me faz perguntar “mas porquê?”… E todos os dias em que penso que é impossível, que não é justo e que de nada valerá pedir-te, suplicar-te, sussurrar-te… “Fica aqui comigo.”
O tempo passa, as sombras escondem-se e o rio acalma… Os pensamentos são substituídos por sonhos, as palavras por músicas e a saudade por ainda mais saudade. Não te tenho e isso custa tanto. Custa pensar e nada poder fazer. Custa tentar dizer e não me saber explicar.
E é quando tudo fica por dizer, que repito na minha cabeça… “Fica aqui comigo” e tu… mais uma vez partes para o teu mundo de realidade, onde tudo estava marcado assim… porque nada poderá ser mudado por mim…