Pages

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

E agora que o tempo foi perdido, que as saudades não passam de um desabafo de vez em quando?! E agora que tudo não passa de um sorriso, de um passado e de uns momentos… será que já paraste?! Será que já repousaste esse corpo e reparaste que afinal nada faz sentido?
Meto este “nada” em tudo o que pensas, nas tuas opiniões e nas tuas vontades, promessas, palavras e em tudo o que venha de ti. É afinal um “nada” que cai oco no meu pensamento e que não se sente, que não me convence nem enfraquece.
Hoje olho-me ao espelho e vejo um rosto repleto de luz e de cor, que foi algo que tu nunca reparaste, valorizo as mãos que te agarraram e agradeço por te ter sentido no meu coração. Gostei… tu sabes. Voltei… tu sentiste. Voltei ao meu mundinho de coisas reais e depois de muitos moinhos conhecerem a mesma água, permiti que os meus olhos alcançassem o rio… permiti-me a mim própria, algo que flui…
Cansei de te esperar… Cansei de mim, de ti e deste cenário. Saí vencedora na minha vida e o prémio está para breve. Ofereço-te… para desta forma o apreciares, para aprenderes o que é a recompensa de uma luta, de uma crença ou de algo que desejamos verdadeiramente.
Poderia ter falhado, mas nunca o fiz. Preferi olhar-te sempre nos olhos e dizer o que achava, sentia ou desejava. Tu?! Adoraste-me vezes sem conta e nunca ponderaste dizê-lo com sinceridade. Quando as palavras diminuem, os encontros são esquecidos e o que tu queres… não é consentido, custa. É difícil prender algo que não nos pertence, é ainda mais difícil saber que tivemos e deixamos ir… sem nunca ter coragem para demonstrar o quanto desejamos. Perdeste-me. Sentiste… Eu sei que sentiste. Ao menos que sintas quando as emoções te caiem entre as mãos e não tens capacidade de as agarrar, por mero capricho, porque preferes acreditar que haverá algo melhor atrás do pano...

O pano cai, o teatro acabou.

Aplausos.

Adeus e muito obrigada.