Basta um pequeno passo para enfrentarmos uma longa caminhada.
Eu caminhei por atalhos menos bons que hoje me servem de ensinamento, que hoje me enriquecem e me tornam mais segura dos meus passos. Caminhei agarrada a um braço errado, pensando ser pelo afecto que nem por um dia existiu. Dei de mim... tirei de mim... por alguém que nunca acreditou na viagem e que olhava por baixo do horizonte... alguém que nunca me quis como eu desejava.
Esse alguém podes ter sido tu...
Aquela pessoa que me agarrou pelo corpo pensando que me ía roubar a alma.
Por todas essas pessoas eu sorri, vivi com elas e ainda hoje lhes dou um sorriso... Lamento... Lamento que sejam fracas e insistam em viver agarradas a um pedestal imaginário que as leva a pensar que tudo pára (e permanece) nas suas mãos.
O Mundo gira e o amor prevalece no coração de quem gosta de viver cada momento de forma intensa, mesmo que isso implique... ficar na fila de baixo. E sabem qual é a vantagem?! Quando ficamos com os pés mais perto do chão temos consciência que esse "tal" Mundo continua a girar, que nada acontece ao acaso, que é na terra que nascem as coisas mais puras e que todos os que se elevam mais do que merecem... acabam por cair mesmo diante de nós.
Agora que um braço me agarra a mim e me dá força para seguir em frente, vejo os pedestais desmorarem-se e eu... eu pego no que resta deles, guardo todas as pedras e um dia construirei um castelo. Porque na realidade, foram esses pseudo-herois (de uma história só deles) que me fazem repetir a cada passo: "No amor e na vida, a justiça quase sempre tarda, mas quase nunca falha".