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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Era uma vez...

um gato que usava umas botas (Timberland) e que embora fosse conhecido por usar esse mesmo acessório, era muito querido e respeitado por toda a gente.
Certo dia, o gato das botas enquanto realizava as suas habituais tarefas domésticas, encontrou num velho baú uma lamparina. Achando o objecto meio misterioso e até interessante, decidiu que iria limpa-lo e oferece-lo à sua amiga Branca de Neve como presente, pela sua admiração e amizade, visto que a pobre rapariga também vivia lá no bairro e via-se obrigada a sustentar 7 anões que não queriam fazer nenhum.
Não perdendo o fio à miada... O gato das botas limpou muito bem a lamparina e quando virava costas para ir buscar papel de embrulho... Pimbas... Surge de dentro do objecto uma nuvem de fumo branco que posteriormente se transformou num tipo que até dava ares do Luisão do S.L.B., não fosse as calçinhas amarelas e o chapelito esquisito.
Apresentou-se como o Génio da Lâmpada e informou que estava ali com o objectivo de realizar 2 desejos, visto que a crise não permitia que se andassem a desperdiçar desejos à parva.
Ora o gato que não tinha pensado sequer no que lhe fazia falta naquele momento, sentindo-se pressionado pela gigante criatura, lá pediu os 2 desejos.
O primeiro: "Quero umas botas novas. Estou farto destas Timberland e agora já qualquer um pode ter umas iguais, julgando que anda cheio de estilo. Quero uma botas da Prada".
O Génio num abrir e fechar de olhos, transformou as banais Timberland numas botas Prada, brilhantes e fashions. O gato das botas (Prada) não escondia a satisfação e agradecia vezes sem conta. De repente, estranhando a facilidade da "coisa" perguntou à criatura estranha de calças amarelas: "Olha lá... Isto é grátis, né?!" O Génio por sua vez respondeu: "Claro que sim! Aproveita o teu 2º e último desejo."
O gato já satisfeito e radiante com o par de botas, pensou, analisou e arriscou: "Génio pah... Quero ser um gajo com pinta, boa onda, fazer parte do social e ir a festas cheias de glamour e gente famosa". O génio desapareceu sem deixar rasto... mas deixando um envelope. Era um convite para uma festa no palácio da Cinderela (a cabra que desde que tinha casado com o principe, nunca mais lhe ligou patavina), e que fazia questão de ir para lhe mostrar as suas botas fantásticas.
Vestiu-se a rigor, perfumou-se, limpou as botas com o melhor paninho e lá foi. Inicialmente estranhou porque o palácio era afinal um castelo branco, recheado com gente finória e muito requinte, mas rapidamente distribuiu sorrisos amarelos e apertos de mãos entre os presentes e fez amizades entre os outros convidados.
Avistou então a sua amiga Pocahontas e contou-lhe o episódio do génio, da lamparina e dos dois desejos agora realizados.
Pocahontas assistia ao discurso com ar incrédulo e sereno e perante a euforia do amigo, pergunta: "Olha lá ó gato, toda esta história de merda pra me dizeres que no final de contas o que queres ser mesmo, é paneleiro?!".


Moral da história:

- Tem lógica chamarmos "bichanos" aos gatos. Na realidade muitos dos bichos são bichas"