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terça-feira, 27 de outubro de 2009

Mundinho este...

Este nosso mundinho pequenino que suporta biliões de milhões de pessoas, biliões de milhões de animais, biliões de milhões de criaturas e biliões de milhões de “coisas” que respiram. Um mundinho tão bonitinho em tons de azul e verde (como mostrava o globo da minha sala da primária) que transporta tanta miséria, guerra, egoísmo, inveja e mal-dizer.
Fazemos zoom e encontramos o “nosso” Portugal, mais zoom e vemos a “nossa” localidade e mais um pouquinho de zoom… a nossa rua. Somos um pedacinho de espaço no meio do verde (que foi transmitido como se fosse um continente, e se forem como eu, lamento que algumas pessoas não estejam no meio do azul) e reparamos que na verdade apesar de tantos biliões de milhões de coisa alguma, o mundo é muito pequeno.
O tio da Joana que é irmão do marido da Alice, trabalha no café do afilhado da Maria que faz as torradinhas matinais da mãe do Tiago. A mãe do Tiago em conversa com a sogra da Mafalda disse que tinha visto o meu carro no Cartaxo à porta da casa da Ana. Coincidência ou não, a sobrinha do Afonso ouvindo a conversa, referiu que eu tinha ido com o Miguel jantar a casa do Pedro e da Sónia nessa mesma noite. A avó do Manel que é uma cusca de primeira e ouvindo mal que se farta, apanhou metade da conversa e foi dizer ao Sr. Joaquim que eu andava de namorico com o Miguel, que é filho do contabilista de Santarém, porque tinha ido ver de uma casa para comprar no bairro onde moram o Pedro e a Ana.
O Sr. Joaquim… que é irmão do vizinho da minha mãe, fez questão de perguntar à minha colega de trabalho quando é que eu me ía mudar porque lhe tinham contado que eu tinha comprado casa com o Miguel lá para os lados do Cartaxo. Ora a minha colega de trabalho (que está diariamente comigo) referiu que não tinha conhecimento de nada e vendo a minha mãe a passar na rua…
“Adelaide, a Rita vai casar?”
A minha mãe com um ar admiradíssimo respondeu que não… mas pelo sim, pelo não…
“Ó Rita tu vais casar?”
Ao qual eu respondo:
“Não mãe… só estacionei o carro à porta da Ana para ir à lavandaria buscar o casaco e além disso… o Miguel não faz o meu tipo”. ;)


(E houve quem me visse em Vila Franca de Xira a beijar um rapaz todo cheio de estilo com boa pinta (devia ser advogado ou engenheiro), entramos num carro preto e o padeiro (que por acaso também vende pão aqui na zona) disse que ele me veio pôr a casa. “Txiiii afinal ela anda com o Miguel e com este. Deve ser fresca!!!!”) - No meio de biliões de milhões de pessoas neste mundinho colorido, ninguém me manda a mim ter um padrinho giro) ;)

2 cores:

Rui Pedro disse...

Ainda tou meio zonzo com o desenrolar de tantas ocorrencias, mas QUE GRANDA FILME que fizeram da tua ida à lavandaria!

E pensar que ainda vamos ao cinema, quando bastava estarmos atentos às historias que inventam sobre a nossa vida :)

PS: Reli agora outra vez e... QUE GRANDA FILME!

abibi disse...

Como dizem os brasileiros Rita.... "AMEI" de coraçao. nem é perciso mais palavras para descrever a ALDEIA GLOBAL EM QUE VIVEMOS.Mas tambem só revela que nesse mundo em que se fizermos zoom,muito de pertinho conseguimos ver alguem interessante para entreter-nos o dia. TU!!!!!