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terça-feira, 16 de junho de 2009

O escuro do silêncio...

Todas as noites o medo que me assombra quase me obriga a ficar ali naquela cama vazia, tapada pelos lençóis tão frios como as tuas palavras. É esse medo que me obriga a ficar imóvel tapando os ouvidos como que recusando qualquer som e me acompanha noite dentro até me deixar levar pelo sono.
A parede branca deixa agora que pedaços de momentos nossos sejam ali reflectidos como que cada excerto seja uma marca pelo que passamos os dois. Os nossos sorrisos são agora recordados com a cara coberta de lágrimas e as mãos ásperas tentam alcançar o teu rosto que não vejo… que não sinto.
Encosto-me na almofada e recordo o teu peito que tantas vezes me protegeu dos sonhos maus, as horas passam por mim e os fantasmas regressam aproveitando a minha fraqueza visível… chamo por ti… mas a minha alma exausta sussurra-me ao ouvido que não estás… que foste embora.
São nessas noites em que a dor não me perdoa que me revejo em actos contraditórios e não compreendo porque te abandonei naquela tarde quando na realidade apenas te queria nos meus braços. Foi isso que enfraqueceu, que ausentou e que anulou o sentimento… Foi a volta que podia saber bem, de uma partida que nos fez mal. Foi culpa do meu impulso quando por entre os dedos me parecias longe, diferente e ausente.
Quero-te tanto…
Anseio por um sinal teu como se de um raio de sol se tratasse, quando apenas esta escuridão me persegue, escondendo o meu sorriso e perdendo o sentido a cada passo.
Quero-te mais ainda…
Porque na verdade a cama vazia e os lençóis frios, as mãos ásperas e o medo…
são as coisas que sinto no corpo de um amor intenso vivido em segredo.




“Vais conseguir expandir a vontade!
Desejo por caminhos escondidos na luz da verdade e eleição,
Escolhe para ti o q pretendes e jaz na vida da alma despregada
Como forma não assentada da rusga em noite clara,
Feita por quem não te entende e repreende a célere vontade de errar por caminhos discretos.
Por sinos com toque de altifalante
Surge a vontade inesquecível que consome a noite pelo dia e te esconde na sombra ,
Em penumbra à espera de atacar,
Pela forma de não sentir a verdade que te encolhe os ânimos!
Refreia as sentinelas desesperadas por encontrar ao longe a luz que não existe
Está escondida em dotes de cavaleiro andante,
Adiante! O cavalo já vai a frente!”